sexta-feira, 24 de abril de 2015

O SURGIMENTO DO ARTESANATO EM MINHA VIDA




Acho que o artesanato apareceu em minha vida desde o

dia do meu nascimento. Mas...., se por um acaso não foi

assim, devo dizer que a minha primeira obra prima em

trabalhos manuais foi com uma tesoura enfiada bem no

meio da perna da minha querida irmã Neiliana. Lógico,

não foi proposital. Evidente que foi um acidente e éramos

muito pequenas. (A minha irmã guarda essa magoazinha

de mim até hoje, no fundo acredito que ela acredite ter

sido intencional).

O fato é que, desde que me conheço por gente, gosto de

trabalhos manuais. Sempre gostei de mexer com tesouras,

linhas, panos, etc. 

Devo confessar uma contradição em meio a isso tudo. Não

sei pregar direito uma coisa simples, um botão. E não

gosto de agulhas de pontas finíssimas.

Digamos que não seja esse o meu tipo de trabalho manual

preferido. Apesar de já ter costurado algumas coisas como

uma saia a muitos anos atrás e que ficou linda, mas 

confesso, nunca tive coragem de usar. Acabei mesmo foi

doando a referida peça.

Também com a barriga enorme de gravida ter costurado

cerca de 50 bainhas das fraldinhas de pano da Livinha.

Também não tenho aptidão em pintar coisas mais

elaboradas. Esses não são de verdade trabalhos que me

encantam fazer.

Com o passar dos dias entrando na adolescência, descobri

que amava cortar e recortar coisas em revistas para colocar

na agenda, fazer cartões personalizados com esse tipo de

material e isso se seguiu por muitos anos. Passava horas

fazendo isso e nem percebia o tempo passar.

Não me lembro muito a idade que tinha, mas um dia a

minha querida e saudosa avó materna chamada Leticia

veio até a casa de minha mãe, onde eu também morava,

fazer-nos uma visita (coisa raríssima!!!). Ela fazia lindos

bordados em ponto cruz. Eu a admirava muito (sem ser

canastrona ou falsária, mas nunca conheci uma pessoa que

não amasse essa minha avó).

Então, nesse dia em que ela deu o ar da graça eu pedi para

que ela me ensinasse a sua arte de bordar ponto cruz.

Então, ela me deu um pedaço de pano, uma agulha e

alguns pedaços de linha. Ela com sua enorme paciência

me ensinou como fazia. Já que era do meu interesse,

parecia fácil. Mas... com uma aulinha tão pequena, não se

aprende muito. Mesmo assim, insisti, comprei outros tipos

de materiais e revistas. Hoje faço muitos desenhos lindos

em peças variadas.

As principais artes foram em bolsas, toalhas, panos de

cozinha e parte do enxoval da minha filha Lívia.

Tentei a todo custo ser fiel às atitudes de minha avó e

vender as peças como ela fazia. Seria uma forma de

começar artesanalmente meu próprio negocio. Mas isso

não foi possível. Pois na primeira encomenda a peça deu

bastante trabalho e fui cobrar uma valor, mas a cliente

achou caro, o que cobrei estava  muito abaixo do que

valia. Só pra se ter uma ideia, o valor cobrado, não pagava

nem o material comprado pra fazer o serviço. Além do que   

que não estava incluso minha mão de obra. Foi aí que a

coisa desandou.

Por ser verde, ainda novinha, cabeça dura e nada

persistente decidi que a partir daquele dia, tudo o que eu

fizesse seria pra mim ou pra presentear as pessoas que

considero especiais com presentes simples, um mimo, 

cheio de carinhos, super exclusivos e únicos.

Então, uma belo dia, meio curiosa sobre uma bolsa que dei

pra uma amiga muito especial, estranhei que nunca a vi

usar, perguntei se ela usava a bolsa que tinha dado. E ela

sem a mínima cerimônia ou consideração falou com um

certo ar de desdenho que não sabia da bolsa e que achava

que tinha mofado e acreditava que sua mãe havia jogado

fora.

Aquela sua resposta me deu um engasgo, um nó na

garganta, uma falta de ar... (não pense que sou dramática)

(apesar de ser um pouco). Pense num dia triste!!!



Aquilo me deixou arrasada, me feriu profundamente. Não

tive coragem de falar nada pra essa amiga. Apenas acabei

o papo e desliguei o telefone. Certamente ela nem

percebeu nada com relação aos meus sentimentos naquele

momento.  Mas como os práticos dizem: vão-se os anéis e

ficam os dedos.

Então, diante do fato: de não “poder vender, pois as

pessoas achavam caro, ou por não poder presentear porque

as pessoas não davam o devido valor”, o que fazer?

Decidi que a historia de “casa de ferreiro espeto e pau”,

não me caberia e não iria funcionar comigo.

Sendo assim, eu iria presentear a pessoa mais importante

de minha vida: ou seja, eu mesma. E posteriormente a

segunda pessoa mais importante de minha vida: hoje a

minha filha. Agora sim, eu acertei em cheio.

Sou muito critica em meus trabalhos. Quero tudo sempre

muito lindo e muito perfeito em todos os detalhes. E tudo

o que minha filha me ver fazendo (por enquanto) se

candidata como dona. Então, o que mais eu queria da

vida?!! Ora, fazer um ótimo trabalho e ser super

valorizada por uma pessoinha tão especial é tudo o que

uma artista artesã deseja.

... Com a decisão (ano passado no final de 2014) de

mudarmos de vida (em parte) para morar em uma casa

nova em outro local, me fez renascer a vontade de querer

ter uma casa linda, arrumada, bem decorada e cheia de

artesanatos diversos (de preferência

segunda-feira, 11 de março de 2013

DEFINIÇÃO DE UM AMIGO



Amigo é quem te dá um pedacinho do chão, quando é de terra firme que você precisa, ou um pedacinho do céu, se é o sonho que te faz falta.
Amigo é mais que ombro amigo, é mão estendida, mente aberta, coração pulsante, costas largas.
É quem tentou e fez, e não tem o egoísmo de não querer compartilhar o que aprendeu.
Amigo é aquele que toca na sua ferida numa mesa de chopp, acompanha suas vitórias, faz piada amenizando problemas.
Olhos... amigo é quem fala e ouve com o olhar, o seu e o dele em sintonia telepática.
Amigo é aquele que te diz "eu te amo" sem qualquer medo de má interpretação .
Amigo é o irmão que você escolhe .
É aquele que compartilha nossas alegrias e minimiza nossas tristezas.
É aquele que se cala nas horas certas e dentro desse silêncio nos diz tudo...
É aquele que nos aceita, não pelo que temos mas pelo que somos!
Amigo verdadeiro é Anjo, é Paz, é Tudo.
Mas somente algumas dessas pessoas, ficarão para sempre em minha memória.
Essas pessoas são ditas amigas, e as levarei para sempre em meu coração,
às vezes pelo simples fato de terem cruzado meu caminho, às vezes pelo simples fato de terem dito uma única palavra de conforto quando eu precisei.
Às vezes por ter me dado um minuto de sua atenção, e me ouvido falar de minhas angústias, medos, vitórias, derrotas...
Às vezes por terem confiado em mim, e me contado também seus problemas, angústias, vitórias, derrotas...
Isso é ser amigo: é ouvir, é confiar, é amar.
E amigos de verdade, ficam para sempre em nossos corações, assim como as pegadas na alma, que são indestrutíveis.
O amigo é diferente: ele é capaz de se alegrar conosco ou de sofrer quando estamos sofrendo. Um bom amigo eu hei de conservar sempre comigo a fim de me escutar e compreender a fim de, se eu errar, me aconselhar e, se eu cair, do chão me levantar.
É aquele que cede e não espera retorno, porque sabe que o ato de compartilhar um instante qualquer contigo já o realimenta, satisfaz. É quem já sentiu ou um dia vai sentir o mesmo que você.
É a compreensão para o seu cansaço e a insatisfação para a sua reticência.
É aquele que entende seu desejo de voar, de sumir devagar, a angústia pela compreensão dos acontecimentos, a sede pelo "por vir".
É ao mesmo tempo espelho que te reflete, e óleo derramado sobre suas águas agitadas.
É quem fica enfurecido por enxergar seu erro, querer tanto o seu bem e saber que a perfeição é utopia.
É o sol que seca suas lágrimas, é a polpa que adocica ainda mais seu sorriso.
É quem tem medo, dor, náusea, cólica, gozo, igualzinho a você.
É quem sabe que viver é ter história pra contar.
É quem sorri pra você sem motivo aparente, é quem sofre com seu sofrimento, é o padrinho filosófico dos seus filhos.
É o achar daquilo que você nem sabia que buscava.
Amigo é aquele que te lê em cartas esperadas ou não, pequenos bilhetes em sala de aula, mensagens eletrônicas emocionadas.
É aquele que te ouve ao telefone mesmo quando a ligação é caótica, com o mesmo prazer e atenção que teria se tivesse olhando em seus olhos.
Amigo é multimídia.
É aquele que percebe em seus olhos seus desejos, seus disfarces, alegria, medo.
É aquele que aguarda pacientemente e se entusiasma quando vê surgir aquele tão esperado brilho no seu olhar, e é quem tem uma palavra sob medida quando estes mesmos olhos estão amplificando tristeza interior.
É lua nova, é a estrela mais brilhante, é luz que se renova a cada instante, com múltiplas e inesperadas cores que cabem todas na sua íris.
Amigo é quem te ama "e ponto".
É verdade e razão, sonho e sentimento.
Amigo é pra sempre, mesmo que o sempre não exista.
Amigo é um Anjo que está sempre ao nosso lado mesmo que na distância.
Durante toda minha vida, muitas pessoas passaram por mim, dia após dia.
 Encontrar um amigo é descobrir um tesouro e talvez seja até mais; pois um amigo é sempre alguém que traz mais consistência a nós: por existir. Um tesouro é inerte e tanto qual sentimento estamos a curtir. Um tesouro não tem como influir.


Dedico esse lindo texto a todos os meus amigos novos ou velhos, recentes ou de longas datas.

CASAMENTO



O dia 28 de Junho de 2012 vai ficar marcado por um momento muito especial, esperado, desejado e feliz em minha vida.
Depois de tantos conflitos quem sabe necessários, finalmente consegui realizar meu ENLACE MATRIMONIAL, com uma pessoa muito especial.
Nem todo namoro tem como complemento um matrimonio. Isso é fato. Mas quando conheci o Júnior, senti algo muito especial. Os dias foram passando e me senti mais atraída e ligada a ele. Era como que tivesse algo maior nos unindo. Mesmo com os pequenos desencontros do começo do nosso namoro. Ele sempre arrumava um jeito de se tornar mais necessário. Também usava as suas artimanhas pra ser cada vez mais envolvente e me envolvendo em sua vida.
Ele é a pessoa que escolhi pra dividir, somar, multiplicar e não diminuir nada em minha vida. Ele também me escolheu para fazer a diferença ou a igualdade na vida dele. Resumindo: A gente, do nosso modo se completa. Sempre!!!
Na verdade, de fato e não legalmente, já éramos “casados”. Pois, já vivíamos maritalmente há alguns anos e também já temos a nossa filha linda que hoje também é a nossa razão de viver.
O dia da cerimônia foi todo bem preenchido com coisas próprias de casamentos. Salão de beleza pra arrumar cabelo, maquilagem, essas coisas de mulher. Depois almoçamos juntos.
Nos arrumamos e fomos para o cartório oficializar a nossa união. Lá tiramos muitas fotos pra registrar a nossa felicidade e aquele momento único. À noite reunimos algumas pessoas muito próximas e fizemos uma simples  e humilde, mas gostosa confraternização. 

JÚNIOR - MEU AMOR



O que fazer se eu me apaixonei há tempos atrás por você?
O que fazer se seu olhar é o que mais me faz sorrir?
O que fazer se seu sorriso é lindo e único?
O que fazer se quando você me toca meu mundo gira e continua no mesmo lugar?
O que fazer se você é o motivo das muitas de minhas noites mal dormidas?
O que fazer se meu maior medo é de um dia te perder. 
Eu acordo e penso em você, o dia continua e você continua na minha mente, e durmo e sonho com você, mesmo estando acordada.
Você é o meu êxtase, me faz viajar sem ao menos sair do lugar.
Quando eu penso em alguém, eu penso em você.
Quando eu te olho, eu não apenas te olho, eu me emociono.
Não sei o motivo, não entendo as razões dessa paixão. Mas sei que é muito bom sentir isso.
Não sei quando começou exatamente, mas eu sei porque começou. Começou porque você é uma pessoa maravilhosa.
O que eu precisava e preciso eu encontrei em você...
O que eu sonhei pra mim você tem.
O que eu não imaginava encontrar é o que você tem de melhor.
Suas imperfeições são perfeitas. Nem todas, mas a maioria delas sim.
Você pode ter sido um erro do meu cupido, ou um acerto do meu destino. Mas, mesmo assim fico muito feliz pelas duas coisas.
Você é a fonte da minha felicidade, ou também a fonte dos meus maiores problemas.
Te amar pode ser um risco, mas eu estou disposta a arriscar sempre.
Para que eu possa acordar todos os dias possíveis e já começar a delirar quando ver seu sorriso perfeito e seu olhar envolvente.
Você é a única pessoa que faz meu coração sorrir.
Te amo!!!

Valeriana Ribeiro

ITALIANO

 
 
Há uns dias atrás, estava vendo TV e passava uma reportagem sobre Renato Russo.
A repórter dizia que ele tinha sua vida toda traçada. E que também pelo seu poder de persuasão, ditava modas no país.
E comecei a pensar sobre as coisas que a moça falava, e vi que ela tinha toda razão quando narrava aquele fato.
Ele (Renato) não estava apenas satisfeito com a banda resolveu gravar discos solo em dois idiomas: inglês e italiano.
Eu já era fã das músicas da Legião Urbana e da voz forte de Renato Russo.
Sempre tive paixão pelas coisas mais incomuns e como gostava de ouvir o Cd do Renato em italiano já estava no segundo grau, decidi que necessitava de ter no meu currículo pessoal algum curso de idioma. Como nunca fui fã de inglês e nem de espanhol (e a preferência nacional são esses idiomas), resolvi então entrar no curso de italiano.
Parecia que o mundo conspirava a meu favor. Pois fiquei sabendo que tinha aberto vagas para o centro de línguas do IMPARH. Um curso pago (de valor bem acessível), e que tem parceria com Prefeitura de Fortaleza.
Fiz o teste de seleção e passei entre os 10 primeiros da língua italiana.
Enfim começaram as aulas e começou meu aprendizado. Era tudo muito novo, muito bom e também muito divertido. Conheci muitas pessoas e a maioria delas foi se dissipando no decorrer do curso. Pouquíssimas pessoas que iniciaram comigo finalizaram o curso.
Tive uma porção de professores. Todos eles muito bons. Aprendi muito.
Mas... acho que apenas um bom professor não faz de você um bom aluno. Foi então que descobri que precisava muito mais do que apenas o básico que me era fornecido nas aulas de 1 hora que tínhamos, 2 vezes por semana durante 7 semestres. Foi ai que fui buscar novas fontes. A primeira foi a tão querida (pra mim) internet e nas pessoas que conheci através dela.
Entre as pessoas que conheci durante todo o período do curso, três tiveram um destaque especial em minha vida. São elas: Vicente, Rafael e Josiane. Formávamos o quarteto fantástico do curso. Sempre estávamos envolvidos em algum evento, em alguma peça teatral ou alguma festa. Éramos o “grupo oficial” de Tarantella (uma dança típica italiana).  
Essa nossa amizade continua até hoje, mesmo que cada um tenha tomado um rumo diferente em sua vida.
Nunca fui de viver com a cara enfiada em livros pra estudar coisa alguma.
Eu, modéstia a parte sempre tive uma “certa facilidade” em aprender coisas quando eu queria aprender. Mas com o italiano era diferente, eu vivia estudando, aprendendo, me aprimorando... Era algo que queria fazer e principalmente muito bem feito. E a cada dia que passava eu me apaixonava cada vez mais pelo idioma, pelas regras (às vezes) complicadas de gramática. 
Era muito divertido quando pegava ônibus com algum colega ou amigo do curso e íamos conversando em italiano (pra nos aperfeiçoar) e as pessoas sempre ficavam olhando pra gente com umas caras meio engaçadas. Era muito legal, pois não sabíamos o que passava por suas cabeças.
Quando eu estava no quinto semestre, fiquei sabendo que tinha um jeito de eu ir pra Itália de graça e aprender muito mais por lá. Mas não era simples assim como acabei de falar.
Só pra se entender, lá no centro de línguas a partir do quinto semestre de qualquer curso de idioma a pessoa que tivesse interessada poderia se inscrever pra um mini intercambio no país da língua de origem estudada.
Então você ao se inscrever o professor passava uma atividade pra ser realizada. Nisso você iria competir com todas as pessoas que se inscreveram do quinto ao sétimo semestre. Parece meio injusto isso porque pela lógica como uma pessoa do quinto semestre pode ganhar a nível de estudos com uma pessoa do sétimo semestre que está concluindo o curso?
De qualquer modo, como eu me sentia preparada e tinha uma vontade enorme de conhecer a Itália resolvi fazer a minha inscrição.
A minha atividade era: falar em italiano para um grupo de professores sobre a vida atual (da época) que se passava na Itália como população, área territorial, cultura. E também os mesmo dados sobre o meu país. Era um teste completamente oral.
Eu estava com muito medo. Porque havia escutado falar que tinha um rapaz do sétimo semestre que era muito conhecedor do idioma italiano, que já tinha ido pra Itália e que inclusive era arrogante e corrigia até os professores.
Mas mesmo assim, fui em frente. Não desisti.
No dia do meu exame eu estava muito nervosa. Quase não conseguia falar e até chorei na hora. Mas o que importa é que dei uma verdadeira aula e os professores ficaram muito felizes com o meu desempenho. No fim de todas as avaliações passei em primeiro lugar.
Era eu, a pessoa do curso de italiano que iria finalmente conhecer a Itália (pelo menos era assim que pensava).
Enquanto aconteciam esses testes com os alunos do curso de italiano também aconteciam os mesmos testes com os alunos dos outros idiomas.
No final, era escolhido cada um do seu curso e de todos os cursos apenas um iria para o país de língua mãe do seu idioma.
E como foi definido isso?
Injustamente colocaram o nome de cada participante em um papelzinho e foi feito o sorteio. E o meu nome não foi o escolhido.
Pra mim aquilo foi muito decepcionante em vários aspectos. Por falta de informação, pois não sabia que tinha esse sorteio e muito menos quando seria. Fiquei sabendo dias depois que o sorteio tinha acontecido e que meu nome não tinha sido o sorteado.
Eu já tinha falado pra todos os conhecidos dessa competição, eu tinha estudado muito, tinha me preparado de verdade. A vitória para mim era uma coisa já certa. Aquela viagem era minha e de ninguém mais. Todos torciam por mim, principalmente eu mesma.
Fiquei arrasada. Muito decepcionada. Foi um momento muito difícil. Até cheguei a pensar em desistir do curso. Fiquei muito desmotivada.
Acabei mudando depois de turno, ao invés de estudar à tarde, passei a estudar no período da noite.
Fui agraciada com um professor muito legal chamado Marcos. Ele era um seminarista, ou seja, estudava pra ser padre e já tinha passado uma temporada na Itália. Era muito divertido estudar com ele.  
Através do curso de italiano conheci pessoas fantásticas e outras nem tanto. Está tudo guardado nas minhas lembranças. 
Os dias foram passando e acabei concluindo o curso de italiano em dezembro de 2003. Depois de finalizar o curso ainda fiz um semestre pra não perder o vinculo com o curso. Mas a vida da gente todos os dias segue rumos diferente e pra mim ficou muito difícil continuar e acabei desistindo.
Hoje por falta de ter com quem dialogar, já esqueci uma porção de coisas. Mas sei que tem muita gente que me conhece e se orgulha por eu saber falar italiano.
È stato molto buono aver avuto l’oppotunità de impare l’italiano. Sono molto contenta per questo. Baci. Baci. Baci.

MINHA FELIZ GRAVIDEZ








Lembro-me de um dia pelos motivos de sempre do passado em que o Júnior e eu estávamos nos desentendendo bastante. A ponto de tentar colocar um ponto final em nossa história definitivamente. Então, como acho que ele viu que eu falava sério, me chamou pra conversar.
Eu, sem tanta vontade assim e por insistência dele, acabei indo ao seu encontro, conversamos bastante e eu estava quase irredutível nas minhas decisões, até que ele deu a sua cartada final. Propôs que fizéssemos um pacto/ trato. O resultado seria: ele faria qualquer coisa que eu quisesse desde que parasse de tomar anticoncepcionais para poder engravidar. Pensei um pouco e decidir aceitar a sua proposta. Afinal de contas, eu sairia ganhando em muitos pontos. Pois, queria que ele casasse comigo (o que aconteceu após 3 anos e 11 meses desse “pacto/ trato”). Esse seria o seu “sacrifício” e o meu, seria ter um filho. Usei a palavra sacrifício por se tratar de futuro nunca antes vividos por mim. Sabia que não iria ser moleza. E teríamos de abrir mão de uma porção de coisas pra que esse nosso desejo fosse realizado.
Para mim, ter um filho era apenas um pensamento distante. Era algo que saberia que talvez eu fosse viver um dia, mas parecia algo muito distante e eu estava sempre adiando.
Eu tinha uma meta nesse sentido. A meta era: ter um filho. Queria ser mãe com no máximo 30 anos. (Isso aconteceu aos 28 anos, ou seja, dentro do prazo que havia estipulado).
Então, depois dessa nossa conversa cheia de novas decisões, os ânimos se acalmaram e viemos juntos pra casa calmos e cheios de amor pra dar um ao outro.
No dia seguinte já não tomei mais os anticoncepcionais.
Os dias foram passando e nada aconteceu. Nada de engravidar. Fui ao meu ginecologista e fiz uma porção de exames pré – gravidez (nem sei se são chamados assim esses exames). E todos os resultados foram normais. Não tinha nada de errado comigo. Eu estava apta a engravidar a qualquer momento. Mais dias foram passando e nada de engravidar. Algumas poucas vezes cheguei a pensar que talvez o problema fosse com o Júnior, mas não disse nada claramente pra ele para que não se sentisse mal ou desconfortável. O tempo continuava passando...
E um dia conversando com o Júnior sobre esse assunto, decidimos procurar um médico mais especializado no assunto. Fomos então a uma clinica médica especializada em reprodução humana. O médico passou mais exames, tanto pra mim quanto pro Júnior.
O dele era o mais simples possível, apenas um espermograma. E para mim, passou um exame mais sofisticado, complicado e cheio de regras e detalhado. Ele queria saber se eu tinha algo de errado com minhas trompas.
Dias depois fui tentar marcar esse bendito exame das trompas. A atendente me deu algumas instruções e regras que tinha que seguir a risca. Fiquei um pouco assustada e como tinha um período certo pra fazer, fui ficando com medinho, medão e posteriormente apavorada. Detalhe, não pude fazer da primeira vez em que marquei e tive que remarcar pro mês seguinte. Fiquei com tanto medo que se passaram duas semanas de atraso da menstruação.
“Esperta” como sou, então liguei uma coisa a outra: poxa, depois de tanto tempo tentando engravidar e sem conseguir e minha menstruação está atrasada, só pode ser uma coisa: estou grávida.
Só foi ter esse pensamento e me acalmar, aconteceu o inesperado: menstruei. Aiaiaiaiai... E esse acontecimento foi no dia do meu aniversario.
Iria recomeçar mais cedo ou mais tarde a minha tortura pré-exame do mês anterior.
Após esse período menstrual, resolvi dar uma chancezinha pra natureza e me ajudar. Essa seria a minha cartada final. Fiz as contas de quando seria aproximadamente meu período fértil e usei isso a meu favor e deu certo. Engravidei. Mas lógico ainda não sabia, se as minhas artimanhas haviam funcionado. Então remarquei o exame e continuei com muito medo de fazê-lo.
Algum tempo depois, comecei a me sentir diferente fisicamente, meio rechonchuda e comendo muito e principalmente uma alimentação nada saudável. Esse período coincidiu com uma festa de São João da empresa onde trabalho. Foi um custo conseguir convencer o Júnior de ir comigo à festa.
Então, à noite lá estou eu em casa experimentando todo o meu guarda-roupa pra ir à festa. Nenhuma roupa me cabia. Eu me olhava no espelho e estava toda quadrada. E pensava: Ai meu Deus, estou deformada, quadrada, parece até que eu estou grávida.
O Júnior estava lindo, todo arrumado e cheiroso e eu quase pelada em casa sem conseguir vestir nenhuma roupa. As roupas não serviam mais em mim. Foi aí que caí em desespero e comecei a chorar descontroladamente. Pedi ao Júnior pra cancelar a nossa ida a festa e ele prontamente aceitou sem questionar. Fiquei muito mau aquela noite. E “decidida” como sou, virei “cabra macha” como se diz por ai, toda resolvida disse: a partir de amanhã, não tem escapatória, começa o meu mega regime e também vou fazer atividade física.
No dia seguinte, à noite, lá estou eu toda atleta e a caráter pra fazer caminhada na Av: Washington Soares. Andei, andei, andei... até cansar e fazer uma porção de calos nos pés.
O dia seguinte da minha “loucura atlética” (dia 30 junho 2009) estava eu acabada, liquidada e esgotada fisicamente, mas mesmo assim, eu não iria desistir de jeito nenhum. Era o meu novo objetivo: emagrecer.
Em um determinado momento do dia e que estava muito concentrada no trabalho, por volta de 11hs da manhã me senti muito mau. Do nada senti um enjoou muito forte, algo que nunca havia sentido antes. E tem mais um detalhe, minha menstruação continuava sem vir por conta do medo que não cessava de fazer o tal exame das trompas (lembra dele, o do medinho?!!). Nem de jeito nenhum passava pela minha cabeça que eu já estava grávida. Fiquei ainda me sentindo esquisita, embora o enjoou tivesse passado um pouco. Logo foi a hora do almoço, almocei e senti uma forte azia. Foi então que decidi ligar pra uma colega enfermeira do trabalho (a Cristina) e eu disse que não estava me sentindo bem. Ela falou, vem aqui no serviço médico que te dou um remedinho. Só que ela me enganou. Não me deu remedinho nenhum. Pegou a minha ficha, me pegou pelo braço e me levou até a médica da empresa que estava de plantão.
A médica fez uma porção de perguntas. Todas as minhas respostas eram sim e compatíveis com gravidez, mas eu dizia pra ela: Doutora, eu não estou grávida de jeito nenhum, o que tenho é medo de fazer um exame. Mês passado a minha menstruação também atrasou pelo mesmo motivo. Foi então que ela disse: esta bem minha filha, façamos assim: mesmo que você tenha a certeza absoluta que não está grávida, gostaria que você comprasse um teste de gravidez de farmácia e o fizesse.
Ainda meio confusa, fiquei na dúvida se compraria ou não. Essa idéia de gravidez não era (de verdade) nem de longe uma coisa que se passasse pela minha cabeça.
No final da tarde daquele dia resolvi ligar para o Júnior e informar tudo o que tinha acontecido durante o dia. Ele ficou imensamente feliz. E resolveu comprar o tal exame da farmácia.
Antes de ir pra casa, passei pela casa de uma colega de trabalho que tinha tido um filho no dia anterior e depois da visita fui pra casa. O Júnior chegou em casa um pouco depois de mim. Já com o exame e 1 litro de aguardente de uma safra especial nas mãos, para festejar caso eu estivesse realmente grávida.
Ele foi um doce comigo (pra não dizer o contrário). Disse apenas: mija logo ai! Daí eu disse: calma, não é assim não. Primeiro eu tenho que ter vontade de fazer xixi.
Foi então que ele praticamente me obrigou a beber um monte de água pra ver se finalmente vinha a vontade de fazer o tal xixi. Quando a vontade veio, fiz o meu xixizinho normal no quintal porque ele não me deixou entrar em casa.
O Júnior saiu correndo com o meu xixi pra dentro de casa e disse que eu estava de castigo por 5 minutos (tempo em que o teste mostrava o resultado) e que eu não poderia entrar em casa de jeito nenhum. Ele e apenas ele poderia ser o primeiro a saber o resultado. Após os intermináveis 5 minutos, ele sai casa a fora correndo, berrando e foi logo me abraçando e dizendo que eu estava grávida.
Eu simplesmente não acreditei, mesmo tendo o resultado do exame em minhas mãos.
Ele pra lá de feliz e eu em estado de choque e sem acreditar nadinha no que estava se passando naquele momento. Era como se eu fosse apenas uma expectadora da minha própria vida. Parecia que eu não estava participando daquilo de forma presente e sim de fora e por fora. Ele mega feliz e animado foi logo ligando pra tudo o que era familiar dele pra falar a boa nova.
Eu lá paralisada, mesmo sem acreditar e pra não ficar feio e parecer que eu não estava feliz (e realmente não estava) nem tão pouco estava triste (Era uma confusão de sentimentos e pensamentos passando por mim naquele momento). A historia da festa que não fui, a louca caminhada, o enjoou da manhã, ida a médico a tarde, era como dizem por ai: a ficha não tinha caído ainda). Resolvi ligar pros meus parentes também. Minha mãe não atendeu ao telefone. Então, resolvi ligar pra minha tia Eliana pra dar a boa nova. Ela foi logo dizendo: Eita, outra menina a caminho vindo por ai!!! Daí, eu disse: não sei. Quem sabe?!! E parabéns... aquelas coisas que se diz quando se sabe que alguém está grávida.
Passei dias sem acreditar.
Fui no meu ginecologista e pedi pra fazer o exame laboratorial e foi confirmado que realmente e eu estava grávida. Mesmo com o resultado em mãos, era algo ainda muito inacreditável pra mim.
Depois de ter a confirmação da gravidez, tive que ir a procura de médicos obstetras que pudessem me atender, e foi ai que a confusão começou. O livro do plano de saúde, tinha alguns médicos descredenciados, ou eles não eram mais obstetras. Ou, ainda só tinha vaga pra primeira consulta com dois ou três meses. Mas no fim das contas, acabei conseguindo marcar a bendita consulta. Lá foi constatado que estava tudo bem com o neném que eu esperava. Mas mesmo assim e lógico foi pedido alguns exames e ultra som.
A minha primeira ultra som foi algo muito esquisito, mas ao mesmo tempo maravilhoso pra mim. Eu costumava ver novelas como a maioria das pessoas e quando eu via certas cenas de ultra som onde as mães choravam na cena, eu pensava: Ô mentira grande, ô besteira. Isso nem acontece na vida real. Isso nem existe. Mais foi ai que me enganei total. Quando pude ouvir o coraçãozinho da minha filha batendo com uma velocidade incrível, a lagrimazinha teimosa começou a correr pelo canto do olho e me lembrei da cena de novela, pensei: Nem é mentira, muito menos besteira e acontece sim na vida real. Foi muito emocionante!!! Acho que foi ali, naquele momento em que (como se diz por ai) a ficha começou a cair e comecei a acreditar que eu já estava de fato grávida.
Tem mais um detalhe, eu sempre falava na minha filha pra lá e na minha filha pra cá, mesmo sem saber o sexo da criança.
Um dia minha mãe me alertou. Ela disse: pare de falar em minha filha, porque se não for uma menina, vai ser muito difícil pra você. Você pode se decepcionar muito. E aos poucos parei de chamar a minha filha e a chamava apenas de neném.
Os dias foram passando e a cada mês se volta ao médico, pede-se novos exames e sempre uma ultra som pra acompanhar o crescimento da criança. Então, quando foi na segunda ultra som que fiz e que deu pra identificar o sexo do neném e que foi visto que era uma menina. Daí foi uma alegria só. Foi um momento único de felicidade.
Na parte alimentar eu era muito disciplinada. Andava sempre na linha. Me alimentava muito corretamente, e comia bastante frutas.
Mas grávida não é  só alimentação, eu não sabia de nada relacionado à neném. Como cuidar, que cuidados ter, como se desenvolvia dentro de mim. Eu era um saco de dúvidas. O que deveria saber e fazer quando ela resolvesse nascer. Dúvidas, dúvidas, dúvidas... o que fazer com todas elas??
Tudo o que eu perguntava pra mim mãe, ela dizia: não sei, não lembro. O mesmo acontecia com a minha sogra. Sempre as mesmas respostas de não sei, não lembro.
E quase me desesperei. Então, fui atrás do único recurso que poderia ter em mãos, a tão querida internet. Busquei vários sites que tratavam desse assunto, aprendi muita coisa na teoria. Porque a pratica eu só iria ter depois que a neném nascesse. Ter esse recurso me ajudou bastante e me fez aprender muita coisa. E a cada dia, mais dúvidas surgiam e mais respostas eu buscava. Também lia muitas revistas desse seguimento.
A barriga foi crescendo e a cada dia acreditava mais que estava realmente grávida. Minha gravidez foi simplesmente ótima. É verdade que no começo tive um pouco de enjôos e que cessou logo após os primeiros meses.
Minha filha sempre foi um anjinho. Mexeu pela primeira vez por volta do começo do terceiro mês. Foi uma sensação muito esquisita, diferente, única e nada desagradável. Eu estava só em casa a noite quando de repente senti um pequeno “terremoto” em minha barriga. Lembro que comecei a rir. Era uma inesperada situação. Apesar de saber que crianças na barriga da mãe mexem. Mas ninguém me disse que seria daquele modo e também não li em nenhum local. E muito menos que seria divertido pra mim. Depois que ela mexeu, fiquei bem quietinha pra ver se ela mexia de novo, mas isso infelizmente não aconteceu.
No dia seguinte quase do mesmo modo do dia anterior quando eu estava já deitada, ela resolveu mexer de novo, apenas uma vez. Mas já era um pouco diferente da primeira vez. E eu fiquei muito contente.
Depois disso, foi só  alegria pra mim. Minha Princesa mexia constantemente e a todo momento do dia e da noite.
Mesmo sem eu saber que ela tinha já os ouvidos prontos ela sempre ouvia músicas enquanto eu estava trabalhando ou quando eu esta deitava antes de dormir. Eu pegava o celular, conectava os fones de ouvido nele e colocava um dos fone sobre a minha barriga e ligava o som.
Normalmente era o mesmo cantor. Ela ouvia sempre Jorge Vercillo e parecia que se agradava muito de suas canções e de sua voz doce. Um dia resolvi mudar o repertório e coloquei Adriana Calcanhoto pra ela ouvir e foi ai que tive uma surpresa muito estranha. Minha filha quase sai da minha barriga de tanto mexer. Ela ficou mega agitada e mexia muito. O que me deixou um pouco nervosa. Parecia que ela não estava gostando nada das novas músicas e nem tão pouco da voz da cantora. Foi muito desconfortável pra mim. Uma ação totalmente inesperada. Então, entendi que tinha que voltar pro repertório anterior, ou seja, Jorge Vercillo, já que ela já estava acostumada mesmo. E o mais incrível de tudo isso foi: a menina simplesmente se acalmou apenas em ouvir a música começar a tocar. Passei vários dias impressionada com esse fato.
Minha gravidez foi uma delicia. O estar grávida em si, foi tudo maravilhoso.
Tirava sempre muitas fotos todos os meses pra acompanhar a evolução do crescimento da minha barriga. E devo dizer que ficou enorme.
No sexto mês de gestação decidi fazer o meu Chá de Baby ou como decidir chamar Chá de Xixi. Foi uma confraternização bem simples, mas muito divertida. Regada de alguns quitutes bem diferentes do que se costuma encontrar nesse tipo de evento e também brincadeiras onde todos participaram (inclusive os mais tímidos e recatados). A minha filha ganhou muitos presentes. 
Como sempre fui muito precavida, no sétimo mês a bolsa para levar à maternidade da minha filha já estava pronta, mas graças a Deus não foi preciso usá-la antes do tempo.
Uma outra aventura maluca na minha gravidez foi a escolha do nome da minha filha.
Desde o tempo em que a gente começou a namorar, o Júnior me falou que havia prometido a avó dele que se tivesse uma filha, que  colocaria nela o nome de sua avó pra fazer uma homenagem a ela. O nome da avó era Júlia.  Eu de jeito nenhum queria que minha filha se chamasse Júlia. Digamos que não é um nome em que me agrade tanto assim. E a confusão começou... Todos vinham e davam palpites e sugestões de nomes pra eu colocar na minha filha.
Nenhum nome me agradava e pior, por força ainda tinha que ter o bendito Júlia. Foi então que começou a nova busca incansável por um nome. Fui então buscar nomes em livros e na internet. De uma centena de milhões de nomes, escolhi alguns que achava que poderia ser mais ou menos interessante. Não teve nenhum em que me apaixonasse de verdade. Até simpatizei com alguns pouquíssimos, mas nenhum deles combinava com Júlia. Então escolhi definitivamente o nome da minha filha por combinação. E o nome dela é Júlia Lívia. Acho que os dois nomes combinam e soam bem. Mas disse pro pai dela: olha ela vai ser chamada apenas por um nome e será pelo nome que escolhi. Mas hoje na pratica não funciona muito. Cada um a chama do modo que gosta.
Também houve fatos que me deixaram profundamente triste na minha gravidez.
Sempre fui enlouquecidamente apaixonada por gatos. Antes de eu engravidar, eu tinha cinco gatos. Tinha um amor enorme por cada um deles. Cada um tinha uma personalidade forte e muito diferente. Eram eles: Oncinha, Lindão, Frajola, Príncipe e Lilica.
Quando descobri minha gravidez, eu era consciente de que teria que me desfazer de alguns deles, ou quem sabe de todos. Só não queria que fosse ao mesmo tempo e nem da maneira que foi com a maioria deles. Os primeiros a ir embora foram Oncinha e Lindão. Depois o Frajola e a Lilica (que considero que tenham sido praticamente roubados lá de casa, apesar de o Júnior ter autorizado a saída deles). Lembro-me que cheguei em casa com o coração apertado. Me sentindo muito mau naquele dia interiormente. Ao chegar chamei muito, procurei por toda a casa a minha gatinha e nada dela aparecer. Eu chorei muito. Muito mesmo. Por cerca de umas duas horas, até o Júnior chegar e me dizer que tinha doado a gata e que ele tinha ido pega-la enquanto eu não estava em casa. Mas ainda tinha me restado o Príncipe. E que esse infelizmente foi uma decisão minha de doá-lo. Ele não sabia brincar de maneira carinhosa como os demais gatos. Quando ele brincava sempre era com mordidas ou arranhões de verdade. Mas a minha decisão final de deixá-lo ir não foi apenas por esse simples fato. O motivo foi, que um dia a minha vizinha (que tinha acabado de ter uma nenenzinha) tinha ido lá em minha casa, e ela colocou a sua filha que estava dormindo sobre a minha cama e o gato quase enlouqueceu de raiva querendo fazer algo ruim com a filha dela (isso foi quando eu já estava de férias e prestes a entrar de licença maternidade). O Príncipe tinha um ciúme muito grande de mim e pensei: é melhor ele ir embora logo, do que fazer algo de ruim com a minha filha quando ela nascer. Um outro motivo muito relevante é que ele era muito peludo e soltava os pelos pela casa toda. Já que estou falando dos meus bichos de estimação, também não posso esquecer de mencionar um casal de cachorros vira-latas que tínhamos. A Mel e o Nêgo. Eles tiveram de ir embora primeiro, antes dos gatos. Eram bem grandes, mais praticamente filhotes e muito brincalhões. Um dia estava colocando uma roupa no sol e a Mel pulou em cima de mim pra brincar e quase caí no chão. Depois disso o Júnior decidiu que tinha que doá-los. E tinha que ser os dois juntos. Pois, eles eram irmãos e nunca haviam se separado um do outro.
Eu tinha muito receio de minha filha nascer antes do tempo. O tempo passa muito rápido quando se esta grávida. Um dia você descobre que esta grávida e “pouco” tempo depois está prestes a dar a luz.
Em dezembro de 2009, meio na correria tivemos que mandar construir um quarto pra minha filha. E como sempre, tem-se todo aquele aborrecimento com pedreiro, com pintor... mas que no fim das contas o quarto ficou do jeitinho que eu queria e depois foi só colocar os móveis no lugar e arrumar de um modo harmonioso pra chegada da princesa.       
Minha gravidez se encerrou às 11:00 da manhã do dia 10 de fevereiro de 2010 quando eu estava com 38 semanas de gestação. Exatamente no momento em que a minha filha conheceu esse mundo louco e maravilhoso...

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